- Diário do Transporte
Lyon, na França, aumenta serviços de trólebus e planeja também expansão de ônibus a gás natural
Uma das linhas de maior demanda da cidade será operada exclusivamente por modelo que possui bateria, o que permite que parte do trajeto seja feita sem conexão com a rede área
ADAMO BAZANI
A rede TCL, agência que gerencia os transportes públicos na região de Lyon, na França, anunciou um plano de expansão da frota de trólebus com baterias e ônibus a gás natural em substituição gradativa dos veículos a diesel.
A partir de maio de 2021, a linha C13, entre Grange-Blanche (Lyon 8e) e Montessuy (Caluire), vai ser operada exclusivamente por uma nova geração de trólebus.
Em nota à imprensa, o presidente da Sytral, entidade organizadora do transporte público, Bruno Bernard, disse que os veículos funcionam conectados à rede área, mas possuem um banco de baterias que permite que operem cerca de 40% do tempo sem estarem ligados à fiação.
“Os novos ônibus 100% elétricos e silenciosos que chegam à linha C13 estão equipados com a tecnologia IMC (In Motion Charging) que permite que percorram 40% do trajeto com total autonomia, sem linha eletrificada. A energia elétrica é armazenada em baterias de bordo quando o trólebus viaja sob as linhas de contato aéreas, o que permite evitar desvios e áreas de trabalho em sua rota.” – disse.
Na ligação serão 17 trólebus articulados que devem aumentar a capacidade de transportes em 30%.
“A linha C13, a segunda linha da rede TCL, conecta o 8º arrondissement de Lyon (Grange Blanche) a Caluire (Montessuy) e tem mais de 27 mil viagens diárias. Hoje operando com veículos padrão, a entrada gradual em serviço dos 17 trólebus no final de abril permitirá aumentar sua capacidade em cerca de 30% e retornar à sua rota original entre Grange Blanche e Montessuy.” – continuou
Outra linha de grande movimento, a C11, deve receber o mesmo modelo a partir de setembro.
A gerenciadora informou ainda que em 2021 cerca de cem veículos elétricos ou a gás natural serão implantados na rede do TCL para substituir os ônibus a diesel. Em 2026, cerca de 400 veículos ecológicos farão parte da rede de ônibus.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes