Usuários do transporte público bloqueiam avenida na frente de estação de ônibus em Palmas
Moradores reclamam da superlotação, falta de ônibus e qualidade dos veículos. A Polícia Militar foi chamada para fazer a segurança do local.
Moradores da região sul de Palmas bloquearam a Avenida I, no Aureny III, para protestar contra a situação do transporte coletivo de Palmas na manhã desta segunda-feira (27). O bloqueio foi feito na faixa de pedestres em frente à estação Xerente. A Polícia Militar foi chamada ao local e conseguiu liberar a pista depois de conversar com os manifestantes.
O g1 pediu posicionamento da Agência de Transporte Coletivo de Palmas, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.
As reclamações são várias, mas a principal é a falta de ônibus para atender a população da região sul, a mais populosa da capital. “Quero ir para o serviço e não tem coletivo. Como faz uma coisa dessa. Pessoal vai perder o serviço, muitos vão perder o serviço”, disse um usuário revoltado, durante entrevista à TV Anhanguera.
Os problemas no transporte coletivo são antigos, mas as reclamações aumentaram desde que município assumiu totalmente serviço no início de fevereiro. Com a saída total das empresas que faziam o serviço, a Agência de Transporte Coletivo de Palmas ficou sem acesso ao sistema de bilhetagem e vem enfrentando dificuldade para contratar motoristas.
Os moradores justificam o bloqueio como a única forma de chamar atenção do município.
"Simplesmente porque para chamar atenção do poder público por não termos mais transportes. Levantamos às 6h da manhã e olha a hora que estamos aqui esperando. Não tem ônibus, o ônibus que tem está caindo aos pedaços", contou uma mulher às 7h40.
Outra reclamação dos usuários é sobre a superlotação e segurança dos veículos, que estão com muitas partes quebradas, além do atendimento dos motoristas. “Diz que não é para pagar passagem, mas os ônibus estão quebrando tudo. Pessoal tem que ir para o colégio. Se não tem ônibus a gente não sai da pista”, disse outra moradora.
A Polícia Militar foi chamada ao local por um dos motoristas, que alegou ter sido ameaçado por um manifestante com um pedaço de madeira.
“Entendemos a manifestação, mas também não podem interferir no direito de ir e vir das pessoas. Vamos tentar o diálogo para desobstruir. Depois alguém da prefeitura vai encontrar uma solução para resolver o problema”, disse o tenente Adelvânio, da Polícia Militar.
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