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Pacientes com fibromialgia travam entrada de ônibus em terminal de Feira de Santana para cobrar passe livre no transporte público

  • G1 Feira de Santana e Região
  • há 7 dias
  • 2 min de leitura

Lei que garante gratuidade foi aprovada em março de 2025, mas ainda não foi implementada. Prefeitura alega inconstitucionalidade.


Pacientes com fibromialgia bloquearam a entrada dos ônibus no Terminal Central de Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, na manhã desta terça-feira (3). O protesto cobrou a aplicação da lei municipal que prevê transporte público gratuito para esses cidadãos.


A lei foi aprovada pela Câmara Municipal de Vereadores em março deste ano. A proposta deveria beneficiar centenas de pessoas — 687 cidadãos vivem com fibromialgia na cidade, enquanto 680 sofrem com anemia falciforme, segundo números da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).


Durante o ato, que começou por volta das 11h, as manifestantes relataram que, mesmo após realizarem o cadastro, não receberam os cartões que garantem a gratuidade. O grupo também informou que, passados quase três meses da promulgação da lei, nenhuma medida prática foi adotada pelo município para garantir o benefício.


Em entrevista para a TV Subaé, o secretário de Mobilidade Urbana de Feira de Santana, Sérgio Carneiro, argumentou que o projeto é inconstitucional por ter sido proposto por um vereador, o que não seria permitido em casos que geram aumento de despesas ao Executivo.


“Houve uma falha de comunicação. O projeto foi apresentado por um parlamentar, que não pode apresentar projetos que reduzam receita ou aumentem despesa. Por isso, a Via Feira não está emitindo os cartões”, explicou o gestor.


Carneiro pontuou ainda que a concessão do passe livre para alguns pacientes com anemia falciforme aconteceu por decisões judiciais, o que causou confusão entre os demais beneficiários.


De acordo com ele, a prefeitura trabalha em uma atualização da lei municipal que regulamenta a gratuidade para pessoas com doenças crônicas, com a possibilidade de incluir oficialmente a fibromialgia e a anemia falciforme na nova redação.


Uma reunião entre a prefeitura, a Câmara de Vereadores e a Procuradoria do Município está marcada para a próxima sexta-feira (7) para discutir uma possível solução para o impasse.


Vereador rebate prefeitura e promete levar caso à Justiça


O vereador Pedro Américo (Cidadania), autor da lei, rebateu a declaração do secretário e afirmou que a norma está em pleno vigor. Segundo ele, a lei não é inconstitucional, pois não cria estrutura administrativa, não altera regime de servidores e apenas amplia o rol de beneficiários de uma legislação já existente desde 2003, que trata da gratuidade no transporte público para pessoas com deficiência.


“A lei é válida e deve ser cumprida por todos os agentes públicos. Só o Judiciário pode declarar inconstitucionalidade, e isso ainda não aconteceu. Enquanto isso, o município e a Via Feira seguem descumprindo a lei e violando direitos”, afirmou o parlamentar em nota.


Pedro Américo anunciou que irá acionar a Justiça para garantir que o direito seja respeitado. Ele também informou que vai ajustar um novo projeto, o Programa de Cuidados para a Pessoa com Fibromialgia, para reforçar de forma explícita que a gratuidade já está prevista por legislação em vigor.

 
 
 

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