Modal de transporte de Cuiabá e VG pode mudar pela terceira vez
- VGN
- 21 de out.
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Estrutura do BRT em Cuiabá e Várzea Grande é compatível com outros modais
O sistema de transporte coletivo que está sendo construído em Cuiabá e Várzea Grande pode sofrer sua terceira mudança de projeto. Inicialmente concebido como Bus Rapid Transit (BRT), o modal foi alterado para Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) durante o governo de Silval Barbosa. Agora, a gestão atual sinaliza que a obra pode não ser concluída conforme o previsto, abrindo caminho para a adoção do Bonde Urbano Digital (BUD).
A revelação foi feita pelo secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo de Oliveira, durante audiência pública nesta segunda-feira (20.10). A possível nova alteração levanta questionamentos sobre o destino de um projeto que já consumiu anos de planejamento, sucessivas revisões e recursos públicos — e que pode não ser concluído na atual gestão.
Especulações sobre a troca de modal ganharam força após uma comitiva — formada pelo vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), pelo secretário de Fazenda Rogério Gallo e pelo próprio Marcelo — visitar Curitiba há cerca de duas semanas para conhecer alternativas ao modelo em andamento.
"A infraestrutura que estamos fazendo atende qualquer veículo sobre rodas, ela só não atende trem. O resto tudo ela atende. O que nós estamos fazendo é dotando com uma infraestrutura que atenda o transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande", afirmou o secretário, sem confirmar nem descartar a mudança.
Desenvolvido na Ásia, o BUD é uma tecnologia que combina a flexibilidade de um ônibus com a precisão de um sistema guiado. O veículo se desloca por meio de sensores magnéticos instalados ao longo da via, permitindo que utilize a mesma estrutura projetada para o BRT — argumento usado pela gestão para justificar a possível alteração sem comprometer a infraestrutura já construída.
Marcelo de Oliveira também deixou em aberto a possibilidade de adotar diferentes modelos conforme as demandas de cada horário do dia. "Nós sabemos o horário de pico da origem e destino.
Então temos que ter cuidado, inclusive na aquisição. Temos que comprar equipamentos para a demanda de horários, como precisamos comprar equipamento para os horários intermediários", explicou.
A indefinição sobre qual modal será efetivamente implantado — após duas mudanças anteriores — levanta dúvidas sobre prazos, custos adicionais e a viabilidade de conclusão da obra ainda nesta gestão.




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